
Este texto, que fala da impulsividade e da falta de autocontrole do paciente de TDAH, é exagerado.
Ninguém é completamente assim.
Essas dificuldades são mais frequentes em homens do que em mulheres.
No trabalho começo a expor minhas idéias e vou me animando cada vez mais, acabo exagerando e meus colegas se sentem intimidados. Eu não acho que estou intimidando nem sendo ameaçador. Eu simplesmente me empolgo demais com as discussões.
Porque será que eu sempre acho que as pessoas não entendem minhas emoções? Eu é que sou muito em engajado, ou eles é que são muito cool?
Em festas, outra vez falei coisas que não deveria. Às vezes me entusiasmo demais e faço comentários ou conto piadas que as pessoas engolem em seco, ao invés de rir. Me exalto por bobagens. Falo coisas que depois me arrependo.
Outras vezes, eu começo assuntos pessoais sem nenhuma necessidade. Chego até deixar minha mulher constrangida.
Minhas histórias adquirem vida própria e se alongam como se estivessem fora de meu controle. Acabo nem ouvindo o que os outros estão falando, se é que eu deixo os outros falarem.
Parece que eu não me encaixo em lugar nenhum. Fico nervoso antes de ir para alguma festa, chego lá, falo demais e na volta para casa me arrependo das gafes.
As pessoas estão falando comigo, eu estou olhando para elas, estou ouvindo as palavras mas meus pensamentos estão em outra galáxia. Perco o fio da meada e dois segundos depois nem sei mais o que estavam me falando.
Sei os nomes das pessoas, mas quando as encontro, não lembro. Dali a pouco vou lembrar, mas quando precisei, não lembrei.
Falo "muito prazer" para quem eu já conhecia antes. Alguém no Shopping me cumprimenta, não tenho a menor lembrança de já conhecer essa pessoa de uma reunião ou festa ou praia. É como se a mudança de contexto fizesse meu cérebro deletar essa pessoa de minhas lembranças.
Não consigo ficar parado. Quando tenho tempo, ao invés de relaxar, procuro o que fazer.
Minha família reclama que esqueço tudo o que me falam ou que me pedem. Tenho tantas tarefas, se não tenho invento, o problema é escolher as prioridades.