Bullying significa agressividade, violência, humilhação.
Há um poder unilateral e desequilibrado; um indivíduo se vale da força, de uma liderança perversa e submete outro à chacotas, fofocas, xingamentos ou a agressões físicas, sendo perversamente elaboradas e repetitivas.
Em geral são agressores que compensam seus complexos e limitações canalizando agressivamente em pessoas tímidas, indefesas ou passivas ou até com algum defeito físico ou estético.
Quem vivencia este tipo de perseguição sofre emocional e afetivamente, comprometendo sua auto-estima e auto-confiança, o que vai influenciar negativamente em suas atividades e relacionamentos futuros; revolta, incompreensão, solidão, culminam em depressões, distúrbios de personalidade, estresse. Algumas pessoas não conseguem se confrontar com estas dificuldades e abandonam as atividades que fazem, e sentem-se frustradas por não terem tido apoio nem de amigos, nem da instituição que pertenciam.
Existem os que aceitam e se submetem e se tornam cúmplices, passando a fazer parte do grupo " gozador" para se defenderem, e mais tarde vão sofrer por terem contrariado sua boa índole por medo e covardia.
Um círculo vicioso pode se formar: os indivíduos que sofrem o Bullying em um momento da vida, podem se vingar mais tarde tornando-se ele o agressor.
O porque que escondem e admitem este abuso, este assédio moral, está no medo de serem mais cruelmente agredidos, vergonha da própria fragilidade ou que os adultos ou superiores nao acreditem e nao dêem apoio; medo que os pais os culpem ou exijam que reajam com a mesma violência ou atitude.
Bully é um termo inglês que significa "valentão" e esta valentia usada de maneira agressiva, perversa, sutil e covarde intimidando e humilhando o outro de maneira repetitiva e sofrida é o Bullying; alguns autores definem como um "assassinato psíquico", pois a vítima perde sua auto-estima, não se sociabiliza, deprime e desenvolve distúrbios psíquicos algumas vezes graves.
Tanto os educadores como as famílias muitas vezes, apesar de saberem o que é o Bullying, não interferem e não impedem porque acham ainda que a vítima está exagerando sobre seus sofrimentos ou até que tem que encontrar " forças" e coragem para reagirem sozinhos... sem perceber que já se encontram em seu último fôlego, e que podem acabar em uma auto-destrutividade por desespero.
Os agressores "atacam" planejadamente escolhendo alguém frágil, vulnerável, indefesa e assim facilmente humilham e intimidam com violência física, apelidos jocosos e pejorativos, mentiras e invenções negativas, estragando objetos pessoais, oprimindo e ridicularizando em situações sociais como também invasões virtuais. (Cyberbullying).
Pode ser detectado o Bullying em crianças desde os 3 anos. Já as meninas tem uma ação mais objetivada, cruel e também muito sutil e opressora escolhendo o alvo entre as próprias amigas, excluindo-as do convívio social, fofocando, ridicularizando, diminuindo a auto-estima, revelando seus segredos, etc.
Aqueles que observam estas situações precisam dar atenção se a relação que se desenrola naquele momento é equilibrada e amena, se houver hostilidade, agressividade ou desequilíbrio devem intervir de maneira que reverta e apazigúe a situação. Se houver concordância e aceitação alimenta a ação dos agressores....ou tomar partido por temer ser a próxima vítima e acabar fazendo parte do grupo para se proteger.
Os tratamentos de sequelas de Bullying vão desde os psicoterápicos ao medicamentoso psiquiátrico.
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