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Tratamento de Síndrome do Pânico

Atualizado: 4 de jun.


Tratar Síndrome do Pânico Psiquiatra do Einstein


A maioria das pessoas não tem o que se chama Síndrome do Pânico, tem "apenas" Ataques de Pânico, que são ataques de ansiedade muito fortes com sintomas físicos.

Pânico não é uma doença do seu cérebro, nem falta nem excesso de Serotonina.




1) Sintomas mais comuns (claro que a maioria das pessoas não tem todos eles, só alguns):

  • Taquicardia, falta de ar, sudorese, ondas de frio ou de calor, tremor, tontura, pressão na cabeça, fraqueza nas pernas, intestino solto.

  • Medo de desmaiar, de ter um infarto, de "ficar louco", de engasgar com alimentos.

  • Crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e sudorese.

  • Preocupações com doenças graves mesmo com todos os exames normais.

  • Desrealização e Despersonalização: sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa “não está lá”, que parece que está vivendo um filme.

  • Medo de ter crises na mesma situação que teve antes.

  • Pensamentos Obsessivos: de se atirar de uma janela, machucar alguém ou se machucar, de ficar louco. A pessoa sabe que eles não fazem sentido, mas não consegue tirar da cabeça.

  • Piora no dia seguinte de beber muito álcool.

2) Comportamentos bem comuns em quem sofre de Pânico:

  • Medo de "voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeia a crise.

  • Ansiedade antecipatória.

  • No cinema ou teatro prefere sentar na ponta da fileira, no restaurante perto da saída.

  • Não tranca a porta quando vai ao banheiro.

  • Cardiologistas, clínicos, hospitais, laboratórios etc., com todos os exames normais, a não ser, às vezes, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não consideram patológico.

3) Desenvolvimento de fobias:

  • Com o tempo a pessoa pode não sentir mais os sintomas físicos, mas continua com medos que ela sabe que não são lógicos. Exemplos:

  • Dirigir (principalmente em congestionamentos, túneis ou estradas).

  • Ônibus, metrô, avião, elevador.

  • Reuniões, lugares com muita gente, Shopping, cinema, restaurantes, filas.

  • Ficar sozinha ou de sair sozinha Lugares muito abertos e vazios.

  • Dormir, quando a pessoa teve crises noturnas.

  • Comer, quando teve sensações de engasgar.

4) Causas mais comuns:

  • Psicológicas (são as mais comuns): reação a uma fase de Stress ou a uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil.

  • Experiência traumática por exemplo assalto, sequestro, acidentes, doença grave. Essa forma mais específica se chama Stress Pós-Traumático.

  • Medicamentos: anfetaminas, corticoides, anabolizantes.

  • Maconha, Cocaína, abuso de álcool .

  • Muita cafeína (café, chá verde, chá mate, energéticos).

  • Genética familiar de Pânico, Depressão, DOC, TAG, PTSD, TDAH etc. Predisposição genética não quer dizer hereditariedade, Pânico não passa de pai para filho, não se preocupe.

  • Sem nenhum motivo (existe, mas é bem mais raro).

5) O tratamento consegue:

  • Acabar rapidamente (horas ou dias) com os sintomas físicos.

  • Acabar as fobias. Nesta fase o tratamento mais eficaz é uma combinação de medicação com Psicoterapia para ajudar o paciente a mudar de atitudes, sair de situações difíceis e principalmente ver os problemas com mais objetividade, ficando, portanto, mais fáceis de serem resolvidos.

6) Para a família:


A família sofre porque não consegue ajudar e vê a pessoa passar por médicos e exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora. Então começa a dizer que é fita, "frescura”. Sofrer de Pânico não tem nada a ver com personalidade forte ou fraca, com a pessoa ser ou não corajosa.


7) Observações:

  • Algumas vezes o primeiro remédio não produz resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Em geral basta trocar a medicação.

  • Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a medicação, pois interrupção prematura quase sempre provoca recaída.

  • Os sintomas devem desaparecer nas primeiras horas de tratamento, mas o tratamento de manutenção demora meses. Sem sintomas, mas com medicação.

  • Pode reaparecer sim, mesmo que os problemas tenham acabado.

  • Durante o Pânico a pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que sofra de duas doenças.

  • Algumas pessoas com Pânico têm receio de fazer ginástica. Pelo contrário, um bom condicionamento físico é importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de taquicardia.

  • Yoga, meditação, massagem de relaxamento ajudam.

  • Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) ajuda.

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