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Perguntas e Respostas: 

Canabidiol ou CBD, como usar? 

Pergunta 1:

Assim que eu começar a tomar Canabidiol (CBD) suspendo meus remédios?

Resposta 1:

De jeito nenhum!

Por que se troca medicamentos tradicionais por CBD?

·     Porque os medicamentos tradicionais não estão resolvendo o seu problema.

·     Porque eles podem estar provocando muitos efeitos colaterais.

·     Porque a melhora é incompleta.

·     Porque existem comorbidades que exigem mais remédios.

·     Porque você precisa de mais de um medicamento (as pessoas tendem a abandonar tratamentos complicados)

·     Porque tomar vários remédios pode custar muito caro.

·     Etc.

A dose de CBD é muito individual. Impossível saber se você vai precisar 10 ou 100 mg por dia. Também não dá para saber se você precisa de apenas uma ou de mais tomadas por dia.

É muito raro alguém ter efeitos colaterais de CBD, mas pode ser. Geralmente são efeitos colaterais dose-dependentes (basta baixar a dose).

Algumas pessoas tomam 50 mg de uma vez enquanto outras precisam apenas 5 ou 10 mg, caso contrário se sentem sedadas.

Como se faz a troca?

Em geral se mantém a medicação que está (ou que não está) dando certo e se começa a tomar o CBD. Não havendo efeito colateral tipo sedação ou náusea, teu médico vai começar a taper off (reduzir) teus remédios devagar e um de cada vez.

Durante a redução, se precisar, é feito o ajuste da dose do CBD.

Pergunta 2:

Tratamento com Canabidiol é caro?

Resposta 2:

Depende.

Se um frasco durar meses, o custo é bem menor que o dos medicamentos tradicionais.

Se ele conseguir substituir vários outros medicamentos, não é caro.

Se a dose que você precisar for alta, o frasco vai durar pouco tempo (1 ou 2 meses), aí pode ser caro sim.

Mas como saber qual a dose que você vai precisar?

Resposta: não dá para saber antes de tomar. Já vi pacientes precisarem de 2 a 3 gotas por dia e outros precisarem 60 a 80 gotas por dia.

Uma variação tão grande significa que a dose é sempre individual.

Daí a importância de dar feedback para o teu médico.

Você pode estar tomando dose alta demais sem necessidade ou baixa demais, portanto não está aproveitando o CBD. Infelizmente, o que mais acontece é que o paciente compra o Canabidiol, começa a tomar, mantém a dose sugerida inicialmente e depois não faz mais nenhum ajuste.

Pergunta 3:

Transtorno de Personalidade Borderline e Bipolaridade podem ser tratado com Canabidiol?

Resposta 3:

Apesar de muitas vezes se confundir Transtorno Bipolar com Transtorno Borderline, são dois problemas diferentes.
O Bipolar tem fatores genéticos e fatores desencadeantes (gatilhos) externos: life events, drogas, álcool etc. e evolui em fases bem determinadas de depressões, manias e hipomanias.
O Borderline em geral tem origem em eventos traumáticos na infância não tem fases tão bem determinadas, a instabilidade emocional é mais ou menos constante, com fases de melhora e piora.


Respondendo à pergunta:


1) Tratar Bipolaridade com CBD como primeira escolha não me parece sensato, uma vez que existem medicamentos tradicionais bem conhecidos, consagrados e eficazes. Mas, usar CBD como coadjuvante pode ser útil sim.


2) Tratar Borderline com CBD:
Borderline precisa abordagem múltipla. As pacientes precisam de formas específicas de Psicoterapia e de medicação estabilizadora que diminua a intensidade das crises quase sempre causadas pela angústia de separação.

Com frequência as pacientes tomam vários medicamentos prescritos, além de outros por conta própria e bem descontroladamente (sem falar nas drogas).
A estabilização do humor e controle da ansiedade proporcionados pelo CBD podem ser muito eficazes, sem descuidada da terapia e sem retirar os medicamentos tradicionais com bastante prudência.

Pergunta 4:

 

Canabidiol ou CBD trata Síndrome do Pânico?

Resposta 4:

Pânico é um Transtorno de Ansiedade. O Canabidiol é muito eficaz em Transtornos de Ansiedade. Portanto, pode ser sim uma das opções terapêuticas. Mas (tem sempre um “mas”...), nenhum remédio do mundo funciona para todas as pessoas. Além disso, Pânico quase sempre tem um gatilho externo, na maioria das vezes a sensação de estar numa situação sem saída.
Portanto, muitas vezes o paciente precisa também, de aconselhamento psicológico.
Por outro lado, aqueles casos de Pânico de muitos anos de evolução não precisam mais de gatilhos externos, a pessoa tem os Ataques de Pânico com ou sem gatilhos. É o Efeito Kindling.
Esses casos, que geralmente são tratados anos a fio com um ou mais medicamentos, podem melhorar com Canabidiol sim.

Pergunta 5:

 

Meu CBD perdeu o efeito, precisei aumentar a dose, mas aí o tratamento fica muito caro.

Resposta 5:

 A tendência natural das pessoas é aumentar a dose de um remédio que “perdeu o efeito”.

Essa perda de efeito se chama tolerância.

Com CBD (Canabidiol), geralmente acontece o contrário. Ao invés de aumentar a dose, precisa parar de tomar, esperar alguns dias e recomeçar com dose menor.

Bom, né? Sim! Inclusive porque é muito mais econômico, uma vez que não é um medicamento barato.

(Lógico que isso não vale para tratamento de crises epilépticas).

Por quanto tempo se deve parar e com que dose se deve recomeçar, isso você vai discutir com o seu médico.

Além disso A maioria dos medicamentos tem dose ideal bem estabelecida.

Por exemplo: AAS 500 mg, Dipirona 500 mg, Fluoxetina 20 a 80 mg, Azitromicina 500 mg, Amoxicilina 875 mg, Clonazepam 0,5 a 2 mg, Vortioxetina de 5 a 20 mg.

Com Canabidiol ou CBD (com ou sem THC) as doses são totalmente individuais e podem variar de poucos mg (5, 10 mg) até mais de 400 mg por dia.

Para complicar, o Canabidiol pode ter um efeito de U Invertido (Inverted U Curve), ou de Curva de Sino (Bell Curve). Significa que dose baixa não funciona, dose média funciona e dose alta pode não funcionar.

Mas como se encontra a dose ideal?

Precisa começar com dose baixa e cada 4-5 dias aumentar até sentir que o efeito está bom. O problema é que os pacientes compram um ou mais frascos, começam a tomar e não dão feed back para seus médicos.

Depois de um tempo param de tomar porque o remédio “não funcionou”. Provavelmente teria funcionado se você tivesse conversado com seu psiquiatra como ele pediu quando te fez a receita.

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